sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

$ERÁ QUE ELE AINDA RENDE?

Por Joannes Lemos


Lá sem foram os tempos áureos de Ronaldo Luís Nazario de Lima, mais conhecido com Ronaldo “Fenômeno”. Aos 32 anos, Ronaldo vê sua carreira de futebolista minguar ainda cedo, ao contrário de outros craques, que encerraram suas carreiras em alta.

Não é especialidade do blog Contemporâneo falar sobre futebol, mas o autor desse post tentará fazer das tripas coração para discorrer sobre o assunto. Todos já viram nos jornais, revistas, TV, internet e outros meios de comunicação que o ídolo número 1 de Galvão Bueno vai “jogar” no Corinthians. Fato que acontece após passagens bem sucedidas por alguns times europeus, como PSV da Holanda (42 gols em 45 partidas), Barcelona da Espanha (34 gols em 37 partidas), Internazionale da Itália (49 gols em 68 partidas) e Real Madrid da Espanha (82 gols em 127 partidas).

A trajetória inicial de Ronaldo não pode ser ignorada. Como quase todos os jogadores que sobem na vida, ele começou em times pequenos. Em 1990, começou sua carreira no Social Ramos Clube e, em seguida, foi parar nos gramados do pequeno São Cristóvão, ambos do Rio de Janeiro. A carreira de Ronaldo, no entanto, só começou a deslanchar a partir de 1993, quando ele jogou no Cruzeiro. Com 12 gols em 14 partidas, o menino prodígio do futebol brasileiro daquela época chamou a atenção de grandes clubes internacionais.

O menino do subúrbio carioca, então, foi desfilar seus dribles de craque nos gramados do velho mundo. Paralelamente à carreira internacional, Ronaldo deixava sua marca na seleção brasileira, quando, aos 17 anos, foi campeão mundial na Copa do Mundo dos Estados Unidos em 1994. Entre esse ano e 2006, o novo camisa 9 do Corinthians marcou 74 gols em 112 partidas a favor da seleção canarinho. Números que não podem ser desprezados.

Após um período de grande ascensão profissional, pontuada por glórias, dinheiro e muitas festas regadas à champagne, a carreira de Ronaldo ganhou um sentido de decadência, com muitos escândalos e manchetes corriqueiras em tablóides sensacionalistas. O dinheiro e os escândalos continuam. As glórias, nem tanto.

O futebol dele já não é o mesmo há muito tempo. Se é que ainda é possível falar que ele joga alguma coisa. Aqueles passes mágicos que lembravam Pelé e Garrincha já não existem mais, ou, pelo menos, não são repetidos com a mesma freqüência de seus tempos de ouro. Não que esse declínio seja algo desejável para os caminhos de Ronaldo, mas esperava-se que ele tivesse um fim de carreira com os holofotes positivos da mídia e da opinião pública, e não que seu nome fosse motivo de chacota.

Nos últimos dias, contudo, chega a ser engraçada a forma como apresentaram o nome do jogador aos torcedores. O Corinthians, que emergiu da segunda para a primeira divisão do campeonato brasileiro, apresentou o ex-fenômeno com toda a pompa que o outrora melhor jogador do mundo teria direito. Na verdade, o nome dele ainda representa um grande peso para qualquer time. O problema – também para qualquer time – é o fato do jogador estar acima do peso, o que o impossibilita de uma atuação apreciável.

Depois do choro da torcida flamenguista, que ainda tinha esperanças de ver o atleta na equipe carioca, foi a torcida do time paulista quem comemorou. Provavelmente, Ronaldo não trará muitos saldos positivos ao Corinthians, pelo menos não no saldo de gols. As verbas publicitárias, todavia, irão “bombar”, afinal, Ronaldo pode não ter mais futebol, mas ainda é dono de um bom apelo comercial.