Por Joannes Lemos
Quando se pensa que nada de perverso e banal pode voltar a acontecer, eis que lá vem a bomba. Como se já não bastasse as mazelas diárias, como crises americanas, provas e trabalhos nos estudos, dinheiro curto e taxa Selic em alta, ainda temos que acompanhar o drama de mais uma história que mais se parece uma lenda urbana. E não existe a possibilidade de ficar alienado a tudo isso.
Esteve e ainda está em todos os veículos de comunicação o caso estarrecedor do seqüestro das adolescentes Eloá e Nayara, ambas de 15 anos, enclausuradas pelo jovem Lindemberg Alves, 22 anos, em Santo André, no ABC paulista. O rapaz, como todos já sabem, não se conformava com o fim do namoro com Eloá. Num ato de insanidade ele manteve as duas meninas em cativeiro desde o dia 13 de outubro, segunda-feira. O seqüestro, que terminou com cenas cinematográficas, só chegou ao fim na tarde da sexta-feira, 17. Nayara, que chegou a ser libertada, voltou dias depois em solidariedade à amiga. Atitude impensável nos dias de hoje. Mas a volta dela ao cativeiro foi um erro gritante.
Nesse momento todos se perguntam: por quê? Como pode um jovem saudável, normal segundo as pessoas que o conheciam, cometer impensavelmente um ato que, deveria ser presumido, teria grandes chances de acabar em tragédia?
E o desfecho dessa novela (ou filme) só poderia mesmo terminar em desgraça. A polícia, sem conseguir negociar e não demonstrando capacidade para isso, precisou invadir. Entretanto, essa ação foi praticamente inevitável, pois o jovem Linbemberg demonstrou ser uma pessoa descontrolada durante os quatro dias de negociações.
Em todos os dias do seqüestro as emissoras de TV, sites e jornais deixaram a população a par da situação. Palmas para nossos meios de comunicação. Mas teve gente que exagerou, e tentou fazer o papel de negociador ao vivo. Ai ai hein Sonia Abrão! Mas por ser quem foi nem surpreende. Afinal, para alguns pseudo-programas de TV vale tudo por uns 2 pontinhos a mais na medição prévia do ibope.
O que todos querem agora é um desfecho feliz para as jovens feridas, apesar do estado gravíssimo de Eloá (até a postagem deste texto o estado dela era delicadíssimo, com poucas chances de sobrevivência). Espera-se também que Deus dê um rumo para a nova vida tortuosa que Lindemberg terá pela frente.
Esteve e ainda está em todos os veículos de comunicação o caso estarrecedor do seqüestro das adolescentes Eloá e Nayara, ambas de 15 anos, enclausuradas pelo jovem Lindemberg Alves, 22 anos, em Santo André, no ABC paulista. O rapaz, como todos já sabem, não se conformava com o fim do namoro com Eloá. Num ato de insanidade ele manteve as duas meninas em cativeiro desde o dia 13 de outubro, segunda-feira. O seqüestro, que terminou com cenas cinematográficas, só chegou ao fim na tarde da sexta-feira, 17. Nayara, que chegou a ser libertada, voltou dias depois em solidariedade à amiga. Atitude impensável nos dias de hoje. Mas a volta dela ao cativeiro foi um erro gritante.
Nesse momento todos se perguntam: por quê? Como pode um jovem saudável, normal segundo as pessoas que o conheciam, cometer impensavelmente um ato que, deveria ser presumido, teria grandes chances de acabar em tragédia?
E o desfecho dessa novela (ou filme) só poderia mesmo terminar em desgraça. A polícia, sem conseguir negociar e não demonstrando capacidade para isso, precisou invadir. Entretanto, essa ação foi praticamente inevitável, pois o jovem Linbemberg demonstrou ser uma pessoa descontrolada durante os quatro dias de negociações.
Em todos os dias do seqüestro as emissoras de TV, sites e jornais deixaram a população a par da situação. Palmas para nossos meios de comunicação. Mas teve gente que exagerou, e tentou fazer o papel de negociador ao vivo. Ai ai hein Sonia Abrão! Mas por ser quem foi nem surpreende. Afinal, para alguns pseudo-programas de TV vale tudo por uns 2 pontinhos a mais na medição prévia do ibope.
O que todos querem agora é um desfecho feliz para as jovens feridas, apesar do estado gravíssimo de Eloá (até a postagem deste texto o estado dela era delicadíssimo, com poucas chances de sobrevivência). Espera-se também que Deus dê um rumo para a nova vida tortuosa que Lindemberg terá pela frente.
5 comentários:
Irônico, mas eu tento imaginar como teria sido toda essa barbárie se não tivesse havido a participação da polícia. Afinal de contas, um desfecho pior que esse é difícil de imaginar... Pelo menos
a Naiara não teria sido baleada...Uma vítima a menos!
Em um país onde a própria polícia é capaz de criar uma Mini Guerra Civil (Morumbi-SP, dia 16/10/08), dá até vontade de pedir que eles parem de trabalhar.
A cada dia que passa tenho menos gosto de ser brasileiro...
Valeu pelo texto Joannes!
Um abração!
Bruno Alves.
Hum sabia que vc ia escrever sobre isso. Eu tb vou, inclusive deve estar em todos os blogs né?
Mas quem deveria ter levado os tiros era o doido do sequestrador e não as inocentes meninas, que agora sofrem por causa de um psicopata.
E a polícia? sem comentários!! Eles negam, mas eu duvido se eles não tinham arma e se algum tiro não tenha vindo deles.
bjus
Seu texto está ótimo e como vc bem lembrou todos os meios de comunicação noticiaram esse seqüestro de Eloá e Nayara até chegar a exaustão, mas hoje vi uma matéria em uma emissora que mostrou o outro lado,o meio social que esses jovens viviam. Essa tragédia serve para o país párar e pensar o que estavamos fazendo para mudar, agora todo mundo procura um culpado, será a polícia que agiu no momento errado? a família que não soube dizer não a um namoro de uma criança? o Lindemberg que não soube controlar seu ciúmes? ou será a sociedade que está com seus valores trocados e não dá condições dos jovens pensarem num futuro diferente...
Parabéns cara muito bom e com muita atitude!!!
bem, na minha opiniao a impresa resolveu se voltar contra a policia, meio q culpando pelo que aconteceu com a eloá.... nao tinha jeito, TINHAM q invadir...independente de "barulho de tiro" ou nao.
agora, sem duvida q a policia deu mole de deixar a garota negociar com o cara!
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