quarta-feira, 14 de março de 2007

ARTIGO.COM - Nº 4

A escola no lugar do presídio
Por Joannes Lemos
A sociedade brasileira é o que podemos chamar de ‘expert' nas mazelas da violência. De tempos em tempos, e agora, com certa freqüência, nossas vidas são bombardeadas pela imprensa nacional sobre um novo crime banal. Há pouco mais de um mês, acompanhamos estarrecidos mais um desses acontecimentos, quando, impulsionados pela total falta de humanismo, dois bandidos arrastaram por mais de sete quilômetros o corpo do menino João Hélio, que após um assalto ficou preso ao cinto de segurança do carro conduzido por sua mãe. Um dos envolvidos tem apenas 16 anos.
Momentos depois, a sociedade chocada pedia por justiça e punição para os envolvidos. Mais do mesmo, como já estamos acostumados. Mas desta vez, a pressão por solução foi maior, entrando em pauta uma urgente revisão das leis para efetuar a mudança da maioridade penal do nosso país. Isso fez o Congresso Nacional se mobilizar para votar novas medidas.
Neste momento fica no ar uma pergunta intrigante. Seria possível reduzir os índices de violência com tal medida? É claro que infratores como os assassinos do pequeno João Hélio devem ser punidos. Porém, a solução para diminuir os índices de violência não seria misturar os jovens com todo tipo de bandido. Outras medidas inadiáveis devem ser realizadas no momento.
Uma delas seria colocar em prática o Estatuto da Criança e do Adolescente, pejorativamente conhecido como ECA. Nossos jovens, principalmente aqueles que são vítimas da ausência de políticas públicas, necessitam de educação, cultura, lazer e saúde. A implantação de mais centros de aprendizagem profissional nos centros urbanos também é um importante caminho, que podem impedir que os menores, sem perspectiva de sobrevivência, se misturem com o tráfico de drogas e com adultos infratores.
Não seria o melhor caminho misturar adolescentes de 15 ou 16 anos com gente de péssima índole nos nossos presídios, que todos sabem, funcionam de forma precária. A permanência nesse tipo de local ia fazer com que eles se tornassem pessoas mais revoltadas com o sistema, pois as casas de detenção do Brasil não têm demonstrado aptidão de recuperar a capacidade de convivência social de seus internos, que passam anos descumprindo a lei dentro dos próprios presídios. Então, vamos lutar menos por leis que nunca são cumpridas e lutar mais por boa educação.

Um comentário:

Gui Sillva disse...

hahahahahhaha.

Que coicidência. Não sabia que você também tinha um blog?!!!!
Bom gosto. a começar pelo nome dele...ahahahahhahahahaha

Muito bacana o teu blog, com assuntos super importantes. Tem futuro!!!!
Sucesso sempre. e estarei sempre passando por aqui.
abração.
gui